Por André Montesano – Sócio-fundador do Montesano Advocacia Empresarial.
Nunca talvez o mais pessimista do brasileiro pôde imaginar um cenário o qual estamos vivendo atualmente com a pandemia do novo coronavírus, mas com certeza todo brasileiro tem conhecimento do que haverá após esta crise: mudança total na forma de viver. Um reaprendizado se acortina na nossa frente nos obrigando a mudar nosso jeito de encarar o próximo, o trabalho, a vida.
Aquilo que até ontem julgávamos importante, hoje não merece tanta atenção, e vice e versa. Isso ocorre independentemente de raça, cor ou credo e está afetando 100% da população mundial, o que dá a esta mudança características de tragédia, mas também, ao mesmo tempo, de renovação, no sentido totalmente positivo da palavra.
Olhando pelo lado empresarial e econômico em nosso País, ainda não é possível prever os efeitos mediatos e imediatos desta crise, haja vista que, inobstante a celeridade cibernética em que vivemos, não tínhamos previsto desafios tão impactantes, os quais estão a nossa frente. Com certeza por isso, seja pelo medo do desconhecido, seja pela ausência (momentânea) de controle da situação, nos vejamos, muitas vezes, à beira de um precipício.
Em meios a tantos debates e discussões a respeito deste tema, um que nos chamou a atenção, foi o promovido pelo site UOL, no dia 07/04, onde participaram os empresários, Luíza Helena Trajano (Magazine Luiza), Marcelo Melchior (Nestlé), Andries Oudshoorn (OLX Brasil) e Diego Barreto (IFood), onde os mesmo trataram, dentre outras coisas, da forma como estão agindo com seus funcionários e da mudança de visão da prática empresarial, não só para este período atual, mas também e principalmente para um futuro breve.
Esta mudança, que a todo momento falamos neste artigo, é encarda pela grande maioria, como de caráter definitivo. Ou seja, entramos numa nova era comercial onde as metas serão diferentes e a forma de alcançar os objetivos, planejada com intuitos mais profundos.
Será que o melhor sempre vencerá? Talvez não. Mas com certeza, aquele que melhor se posicionar à frente dos novos desafios, sempre vencerá. E é isto que estamos vendo com os passar destes dias cinzentos.
É preciso aqui externar nosso apoio a todas a visões dos empresários que pensam que poderemos usar nosso tempo de uma forma mais inteligente; de que estamos reaprendendo a ter uma convivência dentro de nossas casas; de que o tamanho do escritório não terá tanta importância; de que não é se vitimizando que conseguiremos atenção, pelo contrário: é nossa atividade proativa que nos fará mais fortes e preparados para novos desafios.